sexta-feira, 3 de abril de 2009

O nascer do Gallus Gallus

         Durante muito tempo foi mantido o desejo de criar um grupo de fados no IPCA. Numa altura de crise financeira generalizada, comprar instrumentos como uma guitarra portuguesa ou uma viola, é uma ideia muito bonita naqueles momentos em que o estudante tipicamente português sonha por uns instantes e esquece as propinas, a renda do quarto e o preço da cerveja que não pára de subir.
         Por muita vontade e motivação que existissem, a realidade mostrava-se dura: sem guitarra portuguesa não há grupo de fados.
         Foi então que numa conversa de esplanada entre o Cerqueira e o Inem, o sonho de criar um grupo de Fados no IPCA se tornou realidade: o Cerqueira emprestaria a guitarra portuguesa.
         Próximo passo - a recruta de elementos com motivação para o fado: a Diana, cujo fado corre nas veias; o Pedro, tenor da Tuna Académica; o Bravo, tocador de viola nato; o Ranger, que percebia muito mais do que acordes; para além do Inem, claro, a força, a irreverência e o à-vontade nas cordas.

Assim com  as unhas do Inem e do Ranger na guitarra portuguesa emprestada pelo Cerqueira, o Bravo na viola do Inem, e as vozes da Diana e do Pedro, venceu a motivação e força de vontade que uniu este grupo para seguir em frente contra ventos e marés.

Começaram os ensaios com o Cerqueira que tem um grupo de fados de Coimbra. O Grupo de Fados do ISEP ajudou na técnica e cedeu algumas músicas aconselhadas ao nível do grupo. O resultado foi a primeira Magnânima Serenata Monumental com pouco mais de um mês de ensaios onde o grupo de fados do IPCA interpretou “Verdes anos” de Carlos Paredes, “Ondas do mar” e a “Balada de despedida do V ano jurídico de 1989”.

O Gallus Gallus é um sonho que se tornou real e ganhou vida própria.

Gallus Gallus a cantar desde 2009!

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